A
Chapecoense é o primeiro time catarinense a chegar numa semifinal de Copa
Sul-Americana. Na noite desta quarta-feira, o "Huracán del Oeste"
mostrou sua alma copeira ao derrotar o Junior Barranquilla, por 3 a 0, na Arena
Condá. Esta é a segunda participação da Chapecoense na competição. No ano
passado foi parado pelo então campeão da Libertadores, o River Plate.
Agora
está a quatro jogos de conquistar um título internacional e chegar na Taça
Libertadores. O próximo adversário será o vencedor de San Lorenzo (ARG) e
Palestino (CHI), que jogam nesta quinta-feira. Os confrontos serão nos dias 2 e
23 de outubro.
A
Chapecoense vem tomando gosto pelos mata-matas da Copa Sul-Americana. Depois de
ser derrotada por 1 a 0 na Colômbia, o Verdão montou um clima de decisão para o
confronto.
Houve
promoção de ingressos e recepção dos torcedores na chegada do ônibus dos
jogadores na Arena Condá. Aos gritos de "Vamos ganhar Chape", fumaça
e sinalizadores os atletas desceram do ônibus e passaram por um corredor
"polonês".
-
Nosso objetivo foi contagiar os jogadores – disse o torcedor Gilberto dos
Santos.
Antes
do jogo o vice-presidente de futebol da Chapecoense comentou sobre a
mobilização dentro e fora de campo.
-
O que a gente podia fazer a gente fez – declarou.
Debaixo
de chuva, a Chapecoense atacou o tempo inteiro. Em oito minutos já tinha dois
escanteios. Num deles Neto cabeceou, o goleiro Viera espalmou e no rebote
evitou novamente o gol nos pés do atacante da Chapecoense. Era ataque contra
defesa e logo Gimenez acertou a trave. O time colombiano abusava das entradas
violentas, principalmente em Tiaguinho.
Mas
aos 35 minutos Bruno Rangel achou Ananias dentro da área e ele tocou para o
gol, abrindo o placar. A vibração foi intensa na Arena Condá. O placar mínimo
levava o jogo para os pênaltis. Aos 43 minutos Gil pegou um rebote e eliminou
essa possibilidade, ao fazer 2 a 0.
No
segundo tempo a Chapecoense continuou a atacar mas com o cuidado de não levar
um gol, que a eliminaria. O gol da tranquilidade veio aos 31 minutos do segundo
tempo. Gil cruzou na área e o zagueiro artilheiro Willian Thiego fez 3 a 0.
Em
êxtase a torcida começou a cantar: "Sou Chapecoense, com muito orgulho,
com muito amor". Foi mais um jogo memorável na Arena Condá. A Chapecoense
vem fortalecendo o futebol catarinense perante o Brasil e a América.
E o sonho de Altair Zanella, um dos
fundadores da Chapecoense, de ver seu time na Libertadores, está mais próximo.
FICHA
TÉCNICA
CHAPECOENSE
(3)
Danilo,
Gimenez, Neto, Willian Thiego e Dener; Matheus Biteco (Josimar), Gil (Sérgio
Manoel) e Cleber Santana; Ananias (Lucas Gomes), Bruno Rangel e Tiaguinho.
Técnico: Caio Jr
JUNIOR
BARRANQUILLA (0)
Sebastián
Vieira, Iván Vélez, Deivy Balanta, Alexis Pérez e Félix Noguera; Sebastián
Hernández (Palacios), Luis Narváez, James Sánchez e Vladimir Hernández;
Escalante e (Dominguez) Roberto Ovelar (Michael Rangel).
Técnico: Giovanni Hernández
Gols:
Ananias (C), aos 35 minutos e Gil (C), aos 43 do primeiro tempo. Willian Thiego
(C), aos 31 do segundo tempo
Cartões
amarelos: Alexis Pérez, Deivy Balanta (JB); Gil, Lucas Gomes (C).
Arbitragem: Enrique Cacéres,
auxiliado por Milcíades Salivar e Dario Gaona (trio do Paraguai)
Local:
Arena Condá, em Chapecó
Público:
13.033
Renda: R$ 132.880