Numa
semana em que caiu muita água no Oeste não teve chuva de gols na Arena Condá,
pelo contrário, Chapecoense e Cruzeiro ficaram no 0 a 0 e o time catarinense,
que precisava da vitória, acabou eliminado. O 1 a 0 no jogo de ida, quando o
Verdão atuou com um time reserva, para economizar energias para a Libertadores,
acabou definindo a eliminação.
Mas
o jogo até foi rico em oportunidades para os dois times. Mesmo com a vantagem
de um gol no jogo de ida, o Cruzeiro começou atacando. Henrique e Arie Cabral
tiveram a chance de marcar de cabeça, mas ambos desperdiçaram a chance.
A
Chapecoense também tentou o gol em cruzamentos para a área. Reinaldo, que
estava desvalorizado depois de uma jogada errada, foi até a linha de fundo e
cruzou na cabeça de Wellington Paulista que mandou para o gol. O goleiro Fábio
conseguiu mandar para escanteio.
Quem
também teve chance de marcar foi o atacante Arthur. Na primeira chance ele
recebeu dentro da área, girou, mas o chute foi por cima. Minutos depois ele
teve uma segunda chance dentro da área, mas chutou para fora. O próprio jogador
ficou inconformado com o lance e deu socos na grama.
Nadson,
que entrou no time por causa da lesão de João Pedro e a impossibilidade de
Seijas jogar a competição por já ter atuado pelo Inter, também teve duas
chances seguidas no primeiro tempo, uma defendida por Fábio e outra que foi
para fora.
Mesmo
com o maior volume jogo da Chapecoense, o Cruzeiro não se limitava a defender
e, num contra-ataque, Hudson recebeu livre dentro da área e só não marcou
porque Jandrei fez boa defesa.
No
início do segundo tempo a Chapecoense chegou ao gol com Wellington Paulista,
mas a arbitragem marcou falta de ataque.
O
lateral Reinaldo, um dos jogadores mais valorizados do atual elenco da
Chapecoense, investiu pelo meio e por pouco não colheu os lucros de um chute
que parou no travessão. Rossi tentou aplicar em lances de letra, mas não obteve
resultado.
O
Cruzeiro quase marcou em um lance em que Nadson jogou contra o patrimônio e
entregou a bola para Ábila, que não foi tão hábil na finalização. Tanto que deu
lugar para Raniel, outro que desperdiçaria grande oportunidade.
Foi
então que o técnico Vagner Mancini resolveu colocar um atleta que vem dando
lucro para a Chapecoense desde 2009, o meia Nenén. Túlio de Melo também entrou
na sequência. Mas quem continuou com boa cotação com a torcida foi Apodi, em
outra de suas arrancadas que terminou em boa finalização e obrigou Fábio a
fazer boa defesa.
Na
sequência, Thiago Neves mostrou que não estava tão adaptado à noite fria e
úmida, errando uma finalização de dentro da área.
O
último recurso de Mancini foi colocar Niltinho no lugar de Luiz Antônio. Já o
técnico do Cruzeiro, Mano Menezes, apostou suas fichas em manter o empate.
A torcida da Chapecoense até entrou
em crise com a arbitragem depois de outro gol anulado. Mas não adiantou. O time
amargou o prejuízo de mais uma eliminação. Resta focar no Brasileirão que é
onde o clube consegue recursos para se manter na elite.
FICHA
TÉCNICA
CHAPECOENSE
(0)
Jandrei,
Apodi, Victor Ramos, Luiz Otávio e Reinaldo; Andrei Girotto, Luiz Antônio
(Niltinho) e Nadson (Nenén); Rossi, Wellington Paulista (Túlio de Melo) e
Arthur.
Técnico: Mano Menezes.
CRUZEIRO
(0)
Fábio,
Lucas Romero (Rafinha), Caicedo, Léo e Diogo Barbosa; Henrique, Ariel Cabral,
Hudson, Alisson e Thiago Neves (Lucas Silva); Ábila (Raniel).
Técnico: Vagner Mancini.
Arbitragem:
Pericles Bassols Pegado Cortez, auxiliado por Clovis Amaral da Silva e
Cleberson do Nascimento Leite (PE)
Cartões amarelos: Lucas Romero,
Henrique, Ariel Cabral, Diogo Barbosa e Fábio (CR); Rossi, Nenén e Reinaldo.
Local:
Arena Condá, em Chapecó.
Público:
6.387
Renda: R$ 132.410