O
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta quinta-feira (4)
que a reforma tributária deve ser aprovada entre agosto e outubro deste ano. Na
avaliação do congressista, a pauta “é uma prioridade para o país”.
Segundo
Pacheco, a comissão mista criada no ano passado para discutir a reforma
retomará as atividades. Os presidentes das duas Casas Legislativas ainda
precisam definir se a proposta começa a tramitar pelo Senado ou pela Câmara dos
Deputados.
“A
comissão concluirá seu trabalho até o final de fevereiro, com a apresentação do
parecer do deputado Aguinaldo Ribeiro [PP-PB], ouvindo os demais membros, que
poderão sugerir acréscimos, supressões e críticas ao parecer. Na sequência, a
reforma tributária se iniciará por uma das casas legislativas”, disse o senador.
Pacheco
reuniu-se na manhã de hoje com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o
relator da comissão mista que analisa a reforma tributária, senador Roberto
Rocha (PSDB-MA), e o deputado Aguinaldo Ribeiro.
“É
um amadurecimento que vamos fazer com o presidente Arthur Lira. Temos uma
previsão de que, em seis a oito meses, possamos ter concluído a reforma
tributária tanto no Senado quanto na Câmara”, afirmou.
Lira disse que Câmara e Senado
trabalharão juntos para que as reformas tenham discussões claras e
transparentes. "Não vai haver briga por protagonismo entre Câmara e Senado
com relação a essas reformas. Elas têm que andar constitucionalmente nas duas
Casas. Pouco importará se começará em uma ou se findará em outra",
destacou.
Propostas
A
comissão mista da reforma tributária discute duas propostas de emenda à
Constituição: a PEC 45/2019 e a PEC 110/2019.
Segundo
especialistas ouvidos pela Agência Brasil, as propostas são semelhantes em seus
objetivos, mas diferentes no conteúdo – abrangência, prazos de transição e grau
de autonomia de União, estados e municípios de fixarem alíquotas de impostos,
taxas e contribuição.
Pacheco
anunciou ainda que a Comissão Mista de Orçamento (CMO) deve ser instalada na
próxima terça-feira (9), se houver acordo entre os líderes partidários de
Câmara e Senado.
Um impasse entre líderes de
partidos na Câmara dos Deputados impediu a instalação do colegiado no ano
passado. As duas Casas ainda precisam definir se a proposta começa a tramitar
pelo Senado ou pela Câmara.