O
presidente da Federação das Indústrias (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, debateu
com secretários de Estado avanços no Programa Travessia e nos projetos para a
infraestrutura de transportes e na área de educação. A reunião foi realizada
nesta quarta-feira, dia 17, na FIESC, em Florianópolis, e contou com a presença
do secretário-adjunto da Casa Civil, Juliano Chiodelli, que representou o
governador Carlos Moisés, dos secretários da Fazenda, Paulo Eli, da
Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Vieira, de Desenvolvimento Econômico,
Luciano Buligon, da Agricultura e Pesca, Altair Silva, de Assuntos
Internacionais, Daniella Abreu, do presidente do IMA, Daniel Vinicius Netto,
além de Sérgio Laguna Pereira, da Procuradoria-Geral do Estado.
"Santa
Catarina tem uma indústria muito diversificada e bem distribuída no estado, que
responde por 26,7% do PIB e 34% dos empregos formais. Quando olhamos esse PIB e
essa participação na geração de empregos, considerando toda a cadeia que está
envolvida em torno da indústria, sentimos a importância deste setor para a
economia catarinense. Por isso que uma das nossas diretrizes para os próximos
anos é fazer com que o estado seja cada vez mais industrializado. Municípios e
estados que têm indústria forte são desenvolvidos", afirmou Aguiar.
O
presidente da FIESC salientou ainda que a infraestrutura é uma grande demanda
catarinense. Ele apresentou uma visão do principal corredor logístico de Santa
Catarina (ligação das rodovias BR 163, 282, 470 e 101). "Estamos elencando
isso como principal eixo de escoamento e em paralelo a isso estamos defendendo
a viabilidade de ferrovias, considerando cargas com valor agregado, que é a
característica da carga catarinense", explicou.
O
diretor de inovação e competitividade da FIESC, José Eduardo Fiates, apresentou
os principais eixos do Programa Travessia e mostrou o potencial de crescimento
da indústria e da economia catarinense. A iniciativa, lançada em maio de 2020,
busca a reinvenção e a recuperação da indústria e da economia pós-pandemia. É
uma ação da FIESC e conta com a parceria do governo de SC e de entidades do
setor produtivo. Ele destacou a importância da integração com o governo.
"Neste momento estamos iniciando a segunda fase. O programa não acontece
sem a participação do governo", disse.
Ainda
no encontro, o diretor de educação e tecnologia da FIESC, Fabrizio Machado
Pereira, apresentou a agenda de educação 20/30 da FIESC, SESI e SENAI e destacou
a importância de parcerias com o governo na área.
Em
sua fala, Chiodelli, da Casa Civil, destacou que o governo tem feito um
trabalho muito alinhado com o que foi apresentado na reunião. "Estamos em
sintonia. O governo de Santa Catarina, nestes dois primeiros anos, fez um
trabalho interno de gestão para tornar o estado mais eficiente. Diariamente
temos discutido planos e ações para os próximos anos. Então, acredito que temos
uma harmonia muito grande nas pautas e o que foi apresentado aqui pode ser encaixado
nas ações que o governo vem realizando", afirmou.
O
secretário de infraestrutura disse que o programa está em linha com o que a
pasta tem buscado, que é um olhar mais de longo prazo. "Estamos muito de
acordo com o que os senhores têm pensado aqui e planejado. Precisamos ter uma
carteira estruturada de projetos de Santa Catarina para o investidor",
afirmou.
O
secretário Paulo Eli afirmou que vai sugerir que o Programa Travessia se torne
o masterplan do governo. Ele informou que o governo vai ter a partir do ano que
vem R$ 3 bilhões por ano para investimentos na nova modelagem econômica do
estado - sendo R$ 2 bilhões com recursos próprios e R$ 1 bilhão financiado.
O
secretário Buligon disse que o Travessia tem uma importância muito grande para
a economia e a sustentabilidade e que a Secretaria vai contribuir para o
andamento do programa.
A
secretária Daniella Abreu destacou a qualidade do Programa Travessia e defendeu
a aproximação cada vez maior com o setor produtivo.
O
procurador Sérgio Laguna Pereira colocou a Procuradoria à disposição para
superar entraves jurídicos relativos aos projetos. "Temos esse papel de
encontrar os caminhos. Somos parceiros e abertos ao diálogo para vencer a
burocracia", declarou.
Altair
Silva, da Agricultura, chamou a atenção para o suprimento do milho que abastece
as agroindústrias e destacou que neste ano o cenário preocupa porque a produção
do grão, que sempre foi próxima a três milhões de toneladas, deve ser de 2,2
milhões por conta da seca. Ele também destacou a importância de o estado ter
ferrovias para melhorar a logística do milho que vem do centro-oeste.
O presidente do IMA ressaltou que
conhece a complexidade das questões ligadas aos licenciamentos industriais e
das obras de infraestrutura. "Nossa missão é tentar minimizar a burocracia
que se tem para acessar o licenciamento ambiental. O carro-chefe que a
sociedade mais precisa é do licenciamento e nossa proposta é modernizar",
afirmou.